O que é depressão?
Depressão é uma doença
crônica, recorrente, muitas vezes com alta concentração de casos na
mesma família, que ocorre não só em adultos, mas também em crianças e
adolescentes.
O que caracteriza
os quadros depressivos nessas faixas etárias é o estado de espírito
persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações
familiares, as amizades e o desempenho escolar.
Sintomas
Um episódio de depressão é indicado pela presença de 5 ou
mais dos seguintes sintomas, quase todos os dias, por um período de pelo
menos duas semanas:
* Estado de espírito depressivo
durante a maior parte do dia;
* Perda no interesse das atividades que antes davam prazer e alegria;
* Diminuição do apetite, perda ou ganho
significativo de peso na ausência de regime alimentar (geralmente, uma
variação de pelo menos 5% do peso corpóreo);
* Insônia ou hipersônia;
* Agitação psicomotora ou apatia;
* Fadiga ou perda de energia;
* Sentimento exagerado de culpa ou de
inutilidade;
* Diminuição da capacidade de concentração e
de pensar com clareza;
* Pensamentos
recorrentes de morte, ideação suicida ou qualquer tentativa de atentar
contra a própria vida.
Tratamento
Para começar o tratamento, os
pais devem estar cientes sobre a doença, os sintomas, causas e opções
medicamentosas.
Uma classe de antidepressivos
conhecida como a dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina
(fluoxetina, paroxetina, citalopran, etc.) é considerada como de primeira
linha no tratamento em crianças e adolescentes e os estudos mostram que
60% respondem bem a esse tipo de medicação, que apresenta menos efeitos colaterais
e menor risco de complicações por “overdose” do que outras classes de
antidepressivos.
A recomendação é
iniciar o esquema com 50% da dose e depois ajustá-la no decorrer de três
semanas de acordo com a reação da pessoa e os efeitos colaterais. Uma vez que a
resposta clínica tenha sido obtida, o tratamento deve ser mantido por seis
meses, no mínimo, para evitar recaídas.
A terapia
comportamental parece dar resultados melhores do que outras formas de
psicoterapia. Por meio dela, os especialistas procuram ensinar aos pacientes
como encontrar prazer em atividades rotineiras, melhorar as relações
interpessoais, identificar e modificar padrões cognitivos que conduzem
à depressão.
Na terapia
interpessoal os pacientes aprendem a lidar com dificuldades
pessoais como a perda de relacionamentos, decepções e frustrações da vida
cotidiana. O tratamento psicoterápico deve ser mantido por seis meses, no
mínimo.
Como o abuso de drogas
psicoativas e o suicídio são consequências possíveis de quadros depressivos, os
familiares devem estar atentos e encaminhar os doentes a serviços
especializados assim que surgirem os primeiros indícios de que esses
problemas possam estar presentes.
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